Caxirola virtual: estudante cria uma forma de torcedores puderem usar objeto na Copa das Confederações Basta sacudir o smartphone, que ele emite o som do objeto proibido

14/06/2013 18:04

Ainda que o Brasil dê o maior vexame na Copa das Confederações, ninguém (ou quase ninguém) atiraria iPhones e Galaxys no campo. Por isso, a menos que dê a louca na Fifa, smartphones não serão proibidos nos seis estádios do torneio, como aconteceu com as caxirolas criadas pelo músico Carlinhos Brown.


Glauber criou o aplicativo para Android: 2 mil downloads em um mês (Acervo pessoal)

Portanto, se você quiser sacudir sua caxirola em paz durante uma partida, terá que fazê-lo por meio de um dos dez aplicativos disponíveis nas lojinhas virtuais dos celulares com sistema Android ou IOS. Com esses programas, basta chacoalhar o aparelho que ele emitirá o mesmo som de uma caxirola. Em um volume menor, é verdade, mas nada que uma multidão de caxirolas virtuais não resolva. 


“Temos a limitação dos próprios celulares, que não conseguem chegar a um volume muito alto. Mas se for seguir a lógica dos violinos, oito delas são suficientes para dobrar os decibéis emitidos”, diz Glauber Monteiro, criador de um desses aplicativos, o Caxirola World Cup Shake. Glauber é baiano e cursa o sexto semestre de Ciência da Computação na Unifacs. 


Ele conta que teve a ideia de desenvolver o aplicativo assim que a caxirola surgiu na mídia. Mas só se esmerou mesmo depois que a Fifa proibiu o objeto nos estádios da Copa das Confederações. Para quem não se lembra, a proibição aconteceu depois do antológico Ba-Vi de 28 de abril, em que torcedores  tricolores inconformados com o desempenho do time atiraram caxirolas no campo.


Em cerca de um mês, Glauber contabiliza cerca de 2 mil downloads, mas diz não ganhar dinheiro com isso, já que o aplicativo é gratuito. “Dá para colocar publicidade, mas a gente ganha muito pouco”. 


A The Marketing Store, fabricante da caxirola, informa que nenhum dos dez aplicativos é oficial e, ao menos por enquanto, não pretende cobrar direitos sobre eles. Carlinhos Brown, criador da caxirola, foi procurado, mas disse através da assessoria, que não falaria sobre o assunto.

 
 
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